quarta-feira, 15 de maio de 2024

 Precisamos acertar as vestes.

Limpar as nossas túnicas,.

Volver as nossas preces.

Essas são as armas únicas. 


Precisamos menos do eu.

Pensar muito mais em nós. 

Precisamos voltar a Deus.

Como foram os nossos avós. 


Ouvir a voz que nos fala. 

No secreto de cada coração. 

O grito que o universo exala.

Dizendo , prestem atenção. 


O tempo urge e a ampulheta.

Sua areia já está no fim.

Abaixam vossas cabeças. 

Cinjam com óleo os vossos rins.


O fogo não demora chegar.

As estrelas estão em ação. 

Não podemos está roda parar.

Mas podemos encontrar a salvação. 


Roberto Mariano 

Preparem se

sábado, 4 de maio de 2024

 Eu sou o sonho de liberdade.

Que flutua nas mentes e corações .

Eu sou a canção de calipso, sou a voz e o princípio, sou as seduções.

Grilhões te trago no bolso, disfarçadas de chaves, ao que considera prisões.

Eu sou o mundo que descende.

Da luz antigo parente.

Fogo, fel e fiz, nas amplidões.


Eu sou o desejo na língua, no sexo a cortina, deixai me ver.

Eu sou a mão que alimenta, as mãos que ostenta, luxúria e prazer.

Eu sou a voz que não cala, que na mente retrata, tudo certo, tudo bem.

Sou o conselho que queres, a voz que sugere, vamos um passo além.


Eu sou a beleza de hoje, a velhice que ouve, podes parar.

Que insiste que já não sabes nada, são águas passadas, nesta irei nadar.

Eu sou a consciência do fraco, a inconsistência dos atos, o fio a cortar.

A faca que nas mãos afiadas, o empenho da espada.

O ferir para matar......


Eu sou o mundo que gira.

A terra que vira, sem direção.

Eu sou da fome a comida.

Do desejo a partida.

Sou a momentânea satisfação...


Roberto Mariano 

Satisfação.

 Eu acredito na linha do fogo.

Eu que já ouvi a voz de Deus.

Eu já joguei um sujo jogo.

Já me julguei o próprio ateu.

Estou vendo a luz do futuro.

Sobre o negro de minha mocidade.

Eu acredito na piedade do mais puro.

Em detrimento de minha arrependida maldade.

Eis me aqui.

Quase nada.

Estou aqui.

De alma desnudada.


Eu creio no perdão eterno.

Vendo meus vis pecados.

Eu acredito no abraço fraterno.

Eu proclamo Rei o Filho Amado.

Me descubro no lodo de lama.

Vejo anjos vir me resgatar.

Eu e minha alma profana.

Não sou digno que em minha casa venha estar.

Dizei apenas qual é o caminho.

Que nele vou trilhar......


Ele é a verdade e a vida.

O sacrifício vivo o próprio altar.

Ele é a comida e a bebida.

Que em mim, pode habitar.

Eu sou eu e meu semelhante.

O espelho ao reflexo mostrar 

Tendo a alegria no meu semblante.

Vou servir para me alegrar.

Quero ser seu vivo altar...


Roberto Mariano.

Louvor....

 Só um sorriso.

E já presto atenção.

Um abraço amigo.

E já me tem ambas mãos.

Eu precisa ouvir.

O som da sua voz.

E pude sentir.

Que sempre está entre nós......


Já não ando mais sozinho.

A tristeza não existe mais.

Já nem tenho mais o medo.

Tudo que sinto é sua paz.

Sei que está sempre ao meu lado.

Nos tropeços não me deixa cair.

Se eu corro estás a minha frente.

Como um navegador a me prevenir.


Não sinto fome nem mesmo sede.

Quando no deserto estou.

E quando estou nas suas redes.

Eu sinto seu verdadeiro amor.

Não percebo mais distâncias.

Sinto te tão bem aqui.

E me chama então por Filho.

Dizendo apenas Eis Me Aqui.


Roberto Mariano 

Eis Me Aqui

 Canção De Amor.


Eu sim te perdoei.

Então! Bem esqueci.

Pois iria te matar.

Mais resolvi te libertar.


Alcovas marcadas de ilusão.

Testemunhas gemidas no sujo colchão.

E a dor que carreguei em minhas mãos.

Drops a drops uma canção.


E assim eu vi as portas se fecharem.

E o sol por entre as paredes se transformarem

Em um xadrez de horror.

Eu um rei sem valor.....


Que só fiz te libertar.

Hoje você não estará lá.

Aonde eu deveria estar.

Pois eu só pude te libertar.


Hoje ouvi uma canção de amor.

Que falava como era grande a dor.

Então te fiz está canção.

No fundo há alma e coração.


Roberto Mariano.

 Eu sou a fúria que lamenta pelos olhos da mãe angustiada.

Vendo o fim de seu sofrimento enquanto jaz em poça de sangue o seu filho na calçada. 

Que magoada grita, explica mas, não pergunta o porquê meu Deus.

Pois sabe na sua sobriedade em sua fé,  que este caminho ele mesmo escolheu.

É jaz morreu, sem conhecer o perdão. 


Eu sou o desamparo no olhar do trabalhador.

Que vê todo fruto do trabalho ser levado pela fogo, a enxurragada ou o governador.

Que se sente amedrontado quando vagabundos de foices e martelos tentam invadir.

Saqueando, roubando , são ladrões , simplesmente a destruir.

O fogo é meu, este fogo é meu......


Eu sou a criança no ventre na esperança de nascer.

Que a prostituta assassina na maldade decidiu que tenho de morrer.

Quem sabe eu seria um grande nome,  homem ou mulher.

Que foi desprezado , assassinado, mutilado porque a "DAMA"  não quer.

Sexo fácil,  sexo frágil. ? Sua perversidade cobrarei! 


Eu sou a mão no gatilho do pai a se defender.

Entregando os arquétipos do mal, ao submundo oferecer.

Mais um soldado nunca um coitado a vítima seria eu.

Que derrotado mais um diabo na calçada se perdeu.

Morreu!  Morreu! Morreu!


Roberto Mariano 

Fúria parte 1

 Quem somos nós.

Portadores das idéias.

Produtores das matérias.

Que não estampam os jornais.

Os fabulosos, ilustres desconhecidos.

Pais, amantes, filhos paridos.

Sabichões dos que sabem demais.

Vivendo a seco, aonde o chicote estala.

Matando mosquito a bala.

Sniper mira nos generais.

Que já amedrotaram, portando 10 estrelas.

Hoje velhos nas cadeiras.

Gordos e confortáveis demais....


Quem somos nós?

Indignados neste jogo.

Somos nós, legião ou povo.

Até quando ou quantos deixaremos morrer.

E essa fila, anda,.corre apressada.

Lá vem campanha mais uma picada.

O negócio agora é sobreviver.

Se temos sonhos encontramos pesadelos.

Alegria é o desespero, de pagar para viver.

Faltou o gás, acende a lenha no fogão.

O governo fala em reconstrução.

Daquilo mesmo que ele próprio pôs para foder.


Falo mais nada.

Vi velhinhas inocentes.

Sendo presas por um demente.

Olhe só, fale você.

São terroristas, de rosários, reza e bíblia.

O meliante pensa ser artista.

Tem todo o espaço na tv.

E o ébrio insano, fala pelos cotovelos.

Diz ser um engano.

Olha aí nordeste no cano.

Espera a picanha vir lhe comer.


Roberto Mariano 

Quem SOMOS nós?

 Precisamos acertar as vestes. Limpar as nossas túnicas,. Volver as nossas preces. Essas são as armas únicas.  Precisamos menos do eu. Pensa...